Olá! Seja bem vindo(a) ao quinto e último post dessa sequência em que conto sobre a minha história.
Comecei falando da infância, depois falei do ensino médio, o começo da faculdade e sobre o TCC.

No último post falei somente sobre o final da faculdade e não falei vida profissional. Bom, agora vou voltar um pouco no tempo para contar como comecei a trabalhar como programador.

Os primeiros passos como programador

Eu estava no oitavo semestre da faculdade e tinha acabado de sair de um emprego em uma multinacional. neste ponto eu já tinha aprendido programação no curso técnico e tinha tido algumas aulas de web na faculdade. Foi então que eu tive a ideia de abrir uma empresa de desenvolvimento de sites.

Eu não tinha nenhuma experiência, nem como programador, nem com gerenciamento de empresa, mas ainda assim achei que seria uma boa ideia. Achei que era “só eu me esforçar que vai dar certo”.

Fiquei uns três meses focado fazendo cursos online para aprender mais sobre a web. Estudei PHP mais a fundo, MySQL, conheci o JQuery, HTML5 e CSS3. O mais importante dessa época foi ter aprendido sobre design responsivo e desde o começo aprender a criar layouts fluídos.

As “cabeçadas” que a gente dá na vida…

Depois desse período eu resolvi de fato abrir a empresa. Contratei um escritório de contabilidade e obtive meu CNPJ. Hoje vejo que fiz isso na hora errada, pois eu não tinha nenhum cliente, muito menos estrutura de empresa, mas já tinha que desembolsar a mensalidade do contador todos os meses.

Passei quase um ano sem conseguir um cliente. Nesse tempo eu estava focado estudando para o TCC e também estava estudando mais sobre web. Comecei a perceber que eu programava com uma mentalidade de desktop, e que isso não se encaixava na web.

Até esse momento eu achava que era um bom programador porque eu fazia tudo “na unha”. Percebi que tinha algo errado quando fui fazer o site da minha empresa e demorei meses para fazer três páginas.

Uma mudança que começou aos poucos

Comecei a pesquisar mais sobre produtividade e descobri uma palavra nova: “framework”. O primeiro framework que eu conheci foi o Code Igniter. Nessa época ele era conhecido por ser bastante fácil de aprender e por entregar um pacote de soluções bem completo. Mais uma vez nessa história eu achei que já tinha aprendido tudo o que eu poderia aprender.

Depois de quase um ano sem conseguir nenhum cliente, mas estudando bastante, eu consegui uma parceria com a agência onde minha namorada (que hoje é esposa) trabalhava (e ainda trabalha). Na verdade, a parceria aconteceu aos poucos. Primeiro peguei uns jobs simples, para ajustar algumas páginas, depois peguei um site completo, e entre ajustes e sites combinamos de fazer a parceria onde eu pegaria todos os jobs de desenvolvimento da agência.

Entendendo melhor as coisas

Foi uma época muito boa, com vários projetos em mãos pude aprender muita coisa. Até que um dia eu estava procurando uma solução para um problema que estava tendo e encontrei um post que falava sobre “qualidade de código”.

Até então eu nunca tinha parado para pensar nisso, na minha ignorância eu achava que já sabia de tudo. Comecei a pesquisar sobre esse tema e minha cabeça se abriu. Descobri que eu não era o melhor programador do mundo.

Mais ou menos nessa época eu tinha passado uns jobs para um amigo fazer, já que eu não conseguiria entregar tudo no prazo e ele me apresentou várias ferramentas novas que eu nunca tinha ouvido falar, como por exemplo Git, Laravel, Gulp...

Acho que foi nesse momento que eu realmente percebi que havia milhares de coisas para eu aprender e que eu vinha simplesmente ignorando por que eu achava que já sabia de tudo.

Acordando para a realidade

Percebi que eu estava muito atrasado, e que precisaria correr atrás desse prejuízo. Decidi recomeçar do zero. Finalizei os projetos pendentes na agência e encerrei a minha empresa. Nesse momento eu queria trabalhar em uma empresa de desenvolvimento onde eu pudesse trocar conhecimento com uma equipe e aprender com ela.

Demorei alguns meses até conseguir arranjar um emprego, mas quando entrei consegui trocar bastante conhecimento com o pessoal. Mas ainda sentia que não era o suficiente, então continuei pesquisando sobre novas tecnologias e como aprendê-las. Foi aí que eu descobri o open-source.

Não o open-source no sentido de licença de software, mas o open-source no sentido de comunidade. Descobri que existiam vários eventos, meetups e repositórios que visam compartilhar o conhecimento. Acho que finalmente encontrei o que estava procurando.

E agora? O que esperar para o futuro?

No momento em que escrevo esse post ainda não participei de nenhum evento, mas já garanti o ingresso para três. Também participo muito pouco de grupos em redes sociais e ainda não contribui para nenhum projeto de código aberto, mas fica aqui registrado meu comprometimento em vencer o medo e a timidez e ser mais participativo na comunidade.

Meu primeiro passo foi dado. Criei esse blog com a intenção de não apenas consumir, mas também de gerar conteúdo e espero poder ajudar da mesma forma como eu fui ajudado por quem já compartilha o que sabe.

Bom essa é a minha história. Em breve vou começar a postar conteúdos técnicos. Minha ideia é fazer posts sobre tudo o que eu estiver estudando, então provavelmente vou começar falando sobre Javascript, que é o que mais tenho estudado ultimamente ;)